Com a emissão, a empresa se compromete a antecipar em dois anos as metas de redução dos gases de efeito estufa, investindo os recursos em obras de expansão, ações de manutenção de vias, aquisição de ativos e investimentos em tecnologia
A Rumo tornou-se a primeira empresa brasileira a fazer uma Sustainability-Linked Debenture (“SLD”) por meio da Lei 12.431/2011, que regulamenta o mercado de debêntures incentivadas e amplia as alternativas de financiamento em recursos de longo prazo.
Com uma captação de R$ 1,5 bilhão, coordenada pelo Itaú BBA, a concessionária tem como meta reduzir em 15% as emissões de gases de efeito estufa por tonelada de quilometro útil (TKU) nas suas operações até 2023. A nova meta reforça os compromissos com as práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG), antecipando em dois anos o compromisso anunciado no último Relatório de Sustentabilidade da Companhia.
Dividida em duas séries de R$ 750 milhões, sendo a segunda com prazo de 10 anos e 2 meses, a captação incentivada representa a operação mais longa e de maior volume na modalidade SLD já feita no mercado. De acordo com Ricardo Lewin, Vice-Presidente Financeiro e Diretor de Relações com Investidores da Rumo, a iniciativa demonstra o potencial do mercado de títulos ESG no direcionamento de recursos para projetos sustentáveis de infraestrutura.
“A antecipação da meta é ambiciosa e nos motiva a tornar a operação ferroviária cada vez mais eficiente e sustentável”, destaca. “A confiança do mercado demonstra que os nossos esforços para conquistar resultados diferenciados em eficiência energética, inovação e segurança estão sendo cada vez mais reconhecidos”, complementa Lewin.
Desde que assumiu a concessão em 2015, a Rumo reduziu em 26% o número de emissões específicas (equivalente a 750 mil toneladas de CO2). Grande parte dessas melhorias são atribuídas às iniciativas tecnológicas focadas na eficiência e segurança das operações.
A empresa conta com uma frota de mais de 270 locomotivas equipadas com os sistemas start/stop e Trip Optimizer (condução semiautonôma), além de sistemas como uso de inteligência artificial para escalas de maquinistas, que otimizam o tempo das operações.
“Os resultados decorrem dos investimentos constantes na revitalização e modernização das nossas frotas nos últimos anos. A utilização de novos modelos de trens e as melhorias na infraestrutura das nossas operações, além do investimento em tecnologia e inovação, foram essenciais para que a operação fosse certificada e viabilizada”, explica Lewin.
Para a certificação ESG da emissão, a Rumo contratou uma certificadora independente que emitiu uma SPO (“second party opinion”), documento que atesta as iniciativas da Companhia e a meta de redução de emissões de carbono para 2023. Essa é a segunda captação da Rumo em menos de um ano focado em recursos que contribuam para tornar o modal ferroviário mais limpo e eficiente.
Em 2020, a empresa fez a captação de US$ 500 milhões e emitiu o primeiro título verde da história das ferrovias de cargas da América Latina, com certificação pela Climate Bonds Initiative (CBI), organização internacional que trabalha na mobilização do mercado de títulos para soluções de mudanças climáticas.
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